Ressignificação da Loja Física
No dia 01.03 fizemos o primeiro bate papo da RetailBox com o tema de Ressignificação da Loja Física. Acompanhe os próximos encontros virtuais nos seguindo no Clubhouse!
Já salvem nos seus calendários o tema da semana que vem:
SEG. 08.03 - 20h: Novos Tempos e Novos Modelos de Varejo.
Como é a primeira News vamos explicar um pouco o que esperar do conteúdo:
Vamos separar por 3 seções: · 1 Talk da Semana · 2 Reflexões · 3 Retail News
Esperamos que gostem e se inscrevam!
Já estamos carecas de saber os significativos impactos que a pandemia teve no varejo, principalmente referente ao intenso e pressionado processo de digitalização das empresas. Embora ainda represente um percentual bem menor do que as vendas em lojas físicas, a importância do varejo digital é indiscutível. Estima-se que a pandemia tenha acelerado de três a cinco anos o processo de crescimento de vendas digitais.
A jornada do cliente não é mais linear e na pandemia, com as lojas fechadas, o digital passou a vir primeiro. A verdade é que não se trata mais de um pensamento isolado se é físico ou digital, o pensamento agora é phygital! Trata-se de dar ao cliente a oportunidade de escolher como ele quer consumir produtos ou vivenciar experiências. Cada meio oferece determinadas características e o melhor dos mundos é a sua integração.
Mesmo com a crescente importância do digital já se sabe que a loja física não vai morrer, o que se provou mais que nunca durante a pandemia. Vemos lojas se remodelando, redes crescendo e pessoas nos shoppings. Todavia, agora a loja deve ser ressignificada, com uma nova estratégia de atuação.
Muito se falou da loja física na NRF 2021, cujo papel vai além de fazer a integração do físico com o virtual.
A loja hoje tem um papel de ser/oferecer:
(1) BRANDING, ser a cara da marca, refletir todos os valores, história, propósito;
(2) MÍDIA, pois já foi provado que a loja é um canal que impulsiona as vendas online;
(3) EXPERIÊNCIAS que se conectem com a real jornada do consumidor e os envolvam no mundo da marca gerando mais engajamento e fidelidade;
(4) SERVIÇOS, criando um ecossistema de soluções da marca.
Acreditamos que as reflexões aqui devem ir muito além do que apenas conhecer esse next normal e sim entender como fazer essas adaptações e que, para isso, é ainda mais necessário um trabalho multidisciplinar, pois não será possível ter sucesso em apenas uma frente do negócio.
Participaram das reflexões sobre a Ressignificação da Loja Física, profissionais de arquitetura, de treinamentos, de vendas, de shoppings… os quais colaboraram ao compartilhar suas expertises e a importância que eles vêm no trabalho multidisciplinar.
1 · TALK DA SEMANA · Ressignificação da Loja Física
Muitos assuntos foram abordados e escolhemos 3 principais para compartilhar brevemente aqui:
LOJA HUMANA E A COMUNIDADE
Uma das colocações que iniciaram a conversa e também foi uma das mais interessantes, feita por Edmour Saiani, desafia uma mudança de pensamento dos varejistas em que a loja não é mais física, ela é HUMANA.
Se trata de um espaço físico e humano que representa a marca e dessa forma insere ela no ambiente, entendendo a dinâmica da comunidade, das necessidades do cliente e como ela pode atuar de uma maneira humana oferecendo soluções.
LOJA FÍSICA -> LOJA HUMANA
Só na loja as pessoas conseguem ter uma experiência sensorial completa. Ainda que se compre online, só na loja será possível sentir o cheiro, o calor humano, a conversa facetoface. além dos racionais. Seria a construção de um relacionamento para transformar clientes em lovers e embaixadores da sua marca.
As empresas precisam de um propósito maior do que apenas vender, precisam causar impacto, fazer um movimento em direção a mudanças significativas na sociedade. Nesse sentido, profissionais de arquitetura e design precisarão atuar estrategicamente para expressar nesses ambientes as novas conexões com os consumidores. Vimos exemplos de redes de farmácias nos Estados Unidos, como a Walgreens que ofereceu para ser um ponto de vacinação nos Estados Unidos, utilizando sua capilaridade em todo o país.
COMO SER ESCOLHIDA E A JORNADA DO CLIENTE
Um passo anterior a entrar na loja, é o consumidor escolher a sua marca. Esperamos um consumidor muito mais exigente e com uma necessidade da relação interpessoal, exaltando a importância do atendimento e o papel do “vendedor”.
Lojas e marcas que sejam commodities, ou seja, não priorizarem seu diferencial, em propósito e identidade no produto, em atendimento, em design e personalização, carinho…. não vâo sobreviver. Conveniência é commodity. Então como se diferenciar? Importante transparecer por meio de ações práticas e criar uma identidade de marca forte utilizando a partir do propósito e brand heritage para que o consumidor se identifique e escolha a sua marca.
Falamos da importância de entender a jornada do consumidor, identificando os touchpoints com a marca e mensurando a sua experiência. Para Anelise Campoi, é importante pensar em criar novas missões, novas formas de fazer o cliente querer ir até uma loja e permanecer naquela loja. Inovar em formatos pode ser uma ótima estratégia para criar mais pontos de encontros.
E OS VENDEDORES?
Compartilhar o propósito da empresa, empoderar equipes, criar um ambiente colaborativo e fazer com que todos tenham um senso de pertencimento, devem ser premissas da cultura das empresas. Assim, você não terá simplesmente empregados, e sim pessoas com altíssima dedicação e muito engajadas em fazer acontecer, sobretudo em crises como a que estamos vivendo agora.
Os antes chamados vendedores agora detém um papel de embaixadores da marca. Papel que para ser exercido com excelência depende de treinamentos específicos e também novas formas de remuneração.
Américo José reforçou que mais do que nunca o vendedor vai ter o papel principal:
Antes nós treinávamos o vendedor com os três passos da abordagem, as 7 técnicas para venda. Agora ele precisa se preparar como um sommelier, entender o cliente, como ele se encaixa e qual o melhor produto para ele. Isso sem uma abordagem agressiva, sendo um entregador das promessas da marca.
2 · REFLEXÕES ·
Fazer o básico muito bem feito. Ficamos pensando que antes dos varejistas implementarem várias adaptações em suas lojas físicas/humanas, é necessário uma reflexão sobre princípios de brand & marketing strategy:
(1) Levantar os propósito da marca, sua identidade, valores, experiências;
(2) Entender o consumidor de verdade: aprofundar-se no segmento de clientes que atua e desenhar a jornada desse consumidor;
(3) Criar experiências e pontos de contato que façam sentido: testar novos espaços, colaborações e formatos.
E isso tudo também permite a marca entender o que pode ser permanente e o que deve ser submetido a mudanças…
3 · RETAIL NEWS ·
Reunimos algumas notícias da semana que tem tudo a ver com o tema!
C&A DENTRO DA TRAMALAB
Essa semana a C&A anunciou que a Mindse7, sua marca de maior crescimento dentro do grupo, estará disponível em espaço para grifes independentes no shopping Villa Lobos, em São Paulo. Pela primeira vez a fast fashion decidiu sair do modelo de distribuição verticalizado e ofertar coleções de moda semanais em outro espaço. O projeto TramaLab, do grupo BrMalls, não só será host da marca como também deverá receber receita das vendas. Leia na íntegra
Fonte: Exame
NORDSTROM FAZ COLLAB COM STARTUP FITNESS TONAL
A Nordstrom, rede americana de lojas de departamento de luxo, reagiu à demanda de ressignificação da loja física e lançou uma parceria com a startup de ginástica para casa inteligente TONAL. A colab implementará o conceito de third place no departamento feminino de 40 lojas, expondo aparelhos e roupas para treino em um espaço de 5m² que permitirá treinos experimentais com direito a orientação de instrutor pelo site. Leia na íntegra
Fonte: Retail Dive
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Até semana que vem!
Laís e Marcelle.